Custo de Vida do Brasileiro Volta a Subir

 

Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial medida pelo IBGE, registrou um aumento de 0,13%. Embora o aumento tenha sido menor que o observado em agosto (0,19%), o custo de vida no Brasil continua a pressionar o orçamento das famílias.

A principal razão para o crescimento da inflação neste período foi o impacto do clima quente e seco, que levou à adoção da bandeira vermelha nas tarifas de energia elétrica. Essa medida elevou os preços da conta de luz em média 0,84%, destacando-se como um dos principais vilões do orçamento.

Além disso, o custo com habitação subiu em média 0,5%, refletindo aumentos nas tarifas de água e gás encanado em alguns estados. Esses reajustes contribuíram para o encarecimento geral das despesas das famílias.

No grupo de alimentos, que tem um peso significativo na composição do IPCA-15, a alta foi mais modesta, de apenas 0,05%. Entretanto, alguns itens importantes na mesa dos brasileiros, como mamão, banana e café (cuja oferta está escassa em nível mundial), ficaram mais caros. Por outro lado, a maior oferta de cebola, batata e tomate resultou em uma queda significativa de preços, que variou de 10% a 22%.

Outros setores também registraram aumentos, como artigos de residência, vestuário, saúde, educação e comunicação. Apenas as categorias de despesas pessoais e transportes apresentaram quedas nos preços, aliviando, em parte, o impacto da inflação para os brasileiros.

Esse cenário mostra que, embora a alta de preços tenha perdido força em relação ao mês anterior, fatores climáticos e ajustes tarifários continuam a dificultar a recuperação de uma inflação mais controlada.